domingo, 1 de agosto de 2010

Telemarketing: uma profissão que pode matar

Texto publicado em 27 de Julho de 2010 - 01h50

por Claudia Santiago



Todo mundo já recebeu um telefonema às 21 horas de um final de domingo oferecendo qualquer mercadoria ou serviço pelo qual não tem o mínimo interesse. A primeira atitude é se irritar e xingar o outro lado da linha. Mas, poucos sabem que o telemarketing é extremamente estressante para o infeliz ou a infeliz que nele trabalha. É uma máquina do grande sistema do comércio que, além do transtorno que gera às vítimas dos amaldiçoados telefonemas, faz outras vítimas muito mais fatais: os trabalhadores no serviço de telemarketing.

A remuneração da imensa maioria é de um miserável salário mínimo. O piso profissional, quando existe, é alguns tostões acima do mínimo. Mas o pior está por vir. As condições de trabalho são parecidas com aquelas do início da Revolução Industrial, no começo do século XIX. Só para ter uma idéia: em muitas empresas não há como ir ao banheiro. É preciso esperar que um coringa, que quase nunca aparece, se digne a passar por perto para que, então, se tenha este direito.

Por trabalharem em ritmo alucinante, estão sujeitos à LER. O nível de tensão por ter que responder o mais rápido possível a um cliente irritado e impaciente é enorme. E a cadeira contrária a qualquer norma ergonômica, na qual são condenados a ficar presos por longas seis horas, dentro de uma baia? E como ficam a voz, a garganta, as cordas vocais e os ouvidos? De acordo com médicos ouvidos pelos sindicatos de trabalhadores, em dois anos, o trabalhador vira um trapo. Sua saúde está condenada e nunca mais terá uma vida saudável.

Agora, há uma pergunta inevitável a ser feita e respondida. Há alguma necessidade desta atividade produtiva ser assim? Não dá para contornar e superar estas situações que destroem vidas e sonhos de milhares de jovens? Estes trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, hoje, já beiram os dois milhões. Para ser mais exatos: são um milhão e oitocentos mil.

As informações contidas nesta coluna foram fornecidas pelos Sindicatos de Telefônicos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul. Para ler mais sobre o assunto, leia o livro Infoproletários – Degradação real do trabalho virtual, organizado por Ricardo Antunes (Unicamp) e Ruy Braga (USP); e o artigo de Leandro Uchoas para o Brasil de Fato.

6 comentários:

S.O.S. Planeta Água disse...

n.: 07 Série/Turma: 3°F

O texto “Telemarketing: uma profissão que pode matar”, é um artigo de imprensa, publicado em 27 de Julho de 2010 às 01h50, por Claudia Santiago.
As informações contidas neste texto foram fornecidas pelos Sindicatos de Telefônicos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul. O artigo relata as más condições oferecidas aos profissionais de telemarketing e o que isso vem causando.

Os operadores de telemarketing são insistentes que se tornam cansativos. Eles ligam a qualquer hora, oferecendo tipos de serviços ou mercadorias, os quais você não tem o mínimo de interesse. E o que o consumidor faz? A primeira coisa é falar mal e interromper a chamada, desligando o telefone na “cara deles”. Entretanto, eles não sabem como é difícil estar do outro lado da linha tentando vender um produto, para ganhar uma miséria. “A remuneração da imensa maioria é de um miserável salário mínimo. O piso profissional, quando existe, é alguns tostões acima do mínimo” – como relata Claudia.
Com um salário desses, ainda possuem condições péssimas para trabalhar. Claudia compara o modelo de trabalho, ao da Revolução Industrial, no início do século XIX (que eram condições desumanas, porém não tendo muita diferença do que é atualmente). “Só para ter uma idéia: em muitas empresas não há como ir ao banheiro. É preciso esperar que um coringa, que quase nunca aparece, se digne a passar por perto para que, então, se tenha este direito”.
A saúde desses trabalhadores fica condenada em apenas dois anos de trabalho. Cordas vocais, ouvidos, nunca serão os mesmos. Mas, será que é necessário que essa profissão seja assim? Será que não existe outra forma de trabalhar com telemarketing? Pois, situações como essas, destroem sonhos de milhares de brasileiros, que sonham por um trabalho mais eqüitativo, isto é, mais justo.

“Para ler mais sobre o assunto, leia o livro Infoproletários – Degradação real do trabalho virtual, organizado por Ricardo Antunes (Unicamp) e Ruy Braga (USP); e o artigo de Leandro Uchoas para o Brasil de Fato” – recomenda Claudia.
Portanto, telemarketing é uma profissão que leva à morte, a qual pode ser a qualquer momento.

Unknown disse...

O texto''Telemarketing:uma profissão que pode matar''escrito por Claudia Santiago em 27 de julho deste ano,na minha opnião quase tudo não é verdade pelo fato de eu trabalhar numa empresa de telemarketing: Algar tecnologia!
As pessoas realmente desligam na cara dos operadores em telemarketing,tudo e tal...
Mais o que eu não concordo é como eles descrevem a maneira que os operadores em telemarketing trabalham!Eu não concordo pelo fato de vivenciar isso.
Na empresa onde eu trabalho assim que você entra na empresa antes de qualquer treinamento sobre onde você vai trabalhar,você tem um treinamento que se chama NR17!E depois tem ele de seis em seis meses!
O que é esse treinamento? É uma espécie de aula em que você aprende como sair da empresa com a mesma saúde que entrou.
Neste treinamento você aprende desde como você deve se sentar em sua P.A(Posiçaõ de Atendimento)até como cuidar de sua voz,de seu corpo e de sua mente.Neste treinamento lhe ensina o que você deve fazer pra que não ocorra acidentes e doenças com você referente ao seu trabalho.
E de acordo com esse treinamento as pessoas que trabalham 6:20 como eu,tem que ter duas pausas de dez minutos e uma de vinte minutos!E se você realmente tiver com vontade de fazer necessidades como ir ao banheiro fora dessas pausas, você pode ir sim,é só avisar ao seu supervisor!E as pausas são de acordo com a quantidade de horas que você trabalha,quanto mais for maior sua carga horária maior será suas pausas!
No texto ela se faz a seguinte pergunta:Não dá para contornar e superar estas situações que destroem vidas e sonhos de milhares de jovens? Eu tenho 16 anos e a empresa onde eu trabalho me proporciona uma ótima oportunidade.E a empresa de telemarketing não destruiu meus sonhos nem minha vida, na verdade ela até superou minhas expectativas!
Karolyne Camargos 3°H Manhã

Anônimo disse...

Luana Stephanie Durães Rodrigues - nº 28 - 3ºC

O texto “Telemarketing: uma profissão que pode matar”, é um artigo de imprensa, publicado em 27 de Julho de 2010 às 01h50, por Claudia Santiago, baseado em informações fornecidas pelos Sindicatos de Telefônicos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.
Neste artigo, o autor relata sobre o cotidiano de um (a) atendente de telemarketing, expõe que é estressante, que não tem um bom local de trabalho para desempenhar a função, e o pior que recebe pouco pelo trabalho que faz.
Bom, é função dos operadores de telemarketing ligar para clientes ou futuros clientes, independentemente da hora, pois se trabalha de acordo com as normas e horário da empresa, e não é porque querem, mas sim, pois foi uma imposição.
Contudo, é um serviço bem estressante, e alucinante, que não dá nenhuma escolha e nem melhora de vida para pessoas, ao contrario, não se obtém sucesso e muito menos crescimento profissional, e apesar de passarem por isso tudo, não são reconhecidas e nem entendidas, pelo ao contrario são humilhadas.

Priscilla ferreira 3G disse...

A reportagem´"telemarketing:uma profissão que pode matar",é um artigo de imprensa,publico em 27de julho de 2010,por Claudia Santiago.As informações mostradas no texto foram fonecidas pelos Sinticados de TelÔnicos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.Texto que revela as más condições em que os profissionais de telemarketing trabalham e o que isso acarreta.Quando atentemos um telefoma de operadores de telemarketing oferecendo tipos de serviços ou mercadorias ja ficamos estressados e muitas vez chingando sem motivos e esqueçemos que eles estão so cumprido com o sue serviço.Quando e para fazer reclamações ai que muitas pessoas brigam mesmo se esqueçento que o trabalhador que esta ali não tem muitas vez nada a ver com o problema.Mas esse estresse e resultado do cotiano estressante em que pessoas de cidade grande vivi hoje em dia.

Fran disse...

Franciely Gomes Batista 3ºH
O texto “Telemarketing: uma profissão que pode matar”, é um artigo de imprensa, publicado em 27 de Julho de 2010 às 01h50, por Claudia Santiago.O telemarketing é assunto que causa bastante conflito entre as pessoas que trabalham dentro dessas empresas e pessoas que estão fora desse “circulo”. Eu trabalho dentro de uma dessas empresas “Algar Tecnologia” e discordo com o que diz esse texto. A partir do momento em que entrei, passei a ver o outro lado e responder as minhas próprias perguntas: Será que o salário é uma miséria? Será que iremos sobreviver sentados naquela cadeira ligando para as pessoas todos os dias?
Realmente algumas pessoas recebem mal, odeiam estar lá, mas sabe por quê? Porque não escolherem o que eles queriam!Quando entrei na empresa conheci dois estilos de atendimento, o ativo e o receptivo. No ativo você tem que ligar para o cliente e vender, você irá encontrar pessoas nervosas e estressadas, mas terá que lidar com isso (Porque as pessoas infelizmente não entendem que esse é o trabalho do ativo, se não quer, diga, não precisa criar um conflito). Os ativos costumam ganhar mais que os receptivos por venderem e com isso ganham comissão, ou seja, é uma loja via telefone. Os receptivos recebem as ligações dos clientes para ajudar no que eles precisam. Existem vários “estilos” de atendimento no receptivo, então é besteira ficar insatisfeita, basta só encontrar o lugar certo. Eu sou uma receptiva e adoro o projeto em que estou não recebo aquele salário (mas é acima do mínimo mesmo), recebo bem melhor que muitas pessoas que estão trabalhando horas e horas. Estou bem contente com o meu salário e tenho uma força de vontade em crescer. O pior erro do atendente é entrar sem vontade de mudar de cargo, pra quem gosta e não importa de ficarem anos atendendo, ótimo, mas pra mim além de gostar de atender encontrei vários cargos que posso mudar e que com certeza estão dentro dos meus planos.
As cadeiras são ótimas, confortáveis e aprendemos o posicionamento ao assentar para não termos problemas futuros. Tenho três pausas em que tenho tempo suficiente para ir ao banheiro, comer, andar, respirar e se houver algum contra tempo e precisar sair urgente tem uma pausa pessoal, mas que quase nunca acontece, pois três pausas são mais que suficientes. Sobre a voz, conversamos igualmente a um professor, se eles conseguem passar mais de trinta anos falando, por que não conseguimos falar mais de dois anos? Bebemos água o tempo inteiro, então nós hidratamos nossa voz. Minha saúde está em perfeitas condições e não estou condenada a morrer, nem perder minhas cordas vocais muito menos ficar surda. Para meu primeiro emprego, o telemarketing também superou minhas expectativas.

Gustavo Hortencio disse...

Alguns consideram um desrespeito o fato de os operadores de telemarketing ligarem insistentemente para sua casa ou seu celular, mas eles só estão fazendo o trabalho deles e para ter um salário melhor é necessário vender seus produtos e muito. A má condição de trabalho que estão submetidos esses trabalhadores que na maioria jovens que é um desrespeito. Trabalham sob um pressão de serem os melhores para ganham pouco mais que um salário mínimo. O fato de ganharem um pequeno salário e não poderem se quer levantarem para ir ao banheiro sem uma "autorização" já é um absurdo imagina o fato citado no texto de que a saúde do proletário fica condenada para sempre. Mas isso nada mais é do que a imposição do nosso sistema.

Gustavo G. Hortencio, 46, 3G, EE Messias Pedreiro.