terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mercado de trabalho ainda é desfavorável para as mulheres

Elas trabalham mais e ganham menos, ainda que sejam mais qualificadas do que os homens

A segunda década do século 21 começa para as mulheres como terminou o século passado. Elas trabalham mais e ganham menos, ainda que sejam mais qualificadas do que os homens. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, no mercado formal, as mulheres de todos os níveis de escolaridade ganham menos do que os homens com o mesmo grau de formação.

Entre os analfabetos, a renda média mensal em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 614,80 para os homens, enquanto para as mulheres trabalhadoras ficava em R$ 506,95.

Esse fenômeno se verifica entre os trabalhadores com formação em nível superior. A média salarial para esse grau de instrução, à época, era de R$ 3.461,82. No caso dos homens, essa renda subiria para R$ 4.623,98. Se o assalariado fosse mulher, o salário seria de R$ 2.656,47.

Para o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ligada ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existe no mercado de trabalho uma espécie de “segregação ocupacional” na qual as mulheres estão em posições de menor prestígio, formalização e proteção social.

A socióloga Eva Blay, ex-senadora (PSDB-SP) e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP), assinala que as mulheres estão subindo lentamente na hierarquia dos postos do mercado de trabalho. Ela aponta que as relações de trabalho ainda são marcadas pelo machismo. “O mercado resiste em contratar uma mulher por medo de que ela não consiga se impor aos demais trabalhadores homens.”

Segundo a acadêmica, ainda pesa contra as mulheres preconceitos como a falsa ideia de que elas faltam mais ao serviço do que os homens.

Além do trabalho fora de casa, as mulheres precisam se dedicar a atividades não remuneradas, como os afazeres domésticos. Segundo dados do IBGE referentes a 2007, as mulheres de 10 anos de idade ou mais se dedicavam 22,3 horas semanais aos afazeres domésticos contra 5,2 horas dos homens.

“Estamos muito longe de ter uma cultura em que marido e mulher cooperem com esses afazeres”, lamenta Neuma Aguiar, professora de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“A gente é invisibilizada. Parece que lavar e consertar roupa, preparar comida ou cuidar da pessoa doente estão descoladas da produção da riqueza, mas não estão”, critica Fátima Lucena, professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“Participamos da produção da riqueza, mas na hora da distribuição perdemos muito mais do que os homens”, lamenta. Fátima Lucena, no entanto, faz uma autocrítica: “A mulher não é somente vítima, mas também construtora das relações sociais”.

A socióloga Marlise Matos, chefe do Departamento de Sociologia da UFMG, concorda. “Homens e mulheres são socializados em uma cultura tradicional, conservadora, patriarcal, machista. Esse é o caldo cultural que não é privilégio dos homens. Há um ciclo de retroalimentações do qual as mulheres têm responsabilidade porque não quebram”, avalia.

7 comentários:

Unknown disse...

Mariane Ferreira Fernandes/ nº31/ 3º F
Escola Estadual Messias Pedreiro.


Pesquisa retrata a diferença salarial entre homens e mulheres, alegando que homens ganham bem mais que mulheres sendo que os dois possuem o mesmo grau de escolaridade.
Nos mulheres estamos em posições de menor prestigio, formalização e proteção social.
Segundo a socióloga Eva Blay, o mercado resiste em contratar uma mulher por medo de que ela não consiga se impor aos demais trabalhadores homens e além disso pesam preconceitos contra as mulheres alegando que nos mulheres faltamos mais de serviços do que os homens.
No meu ponto de vista, posso alegar que isso é uma forma de marxismo, pois se mulheres e homens possuem o mesmo grau de escolaridade, porque nos mulheres saímos prejudicadas recebendo menores salários?
Para certos indivíduos nos mulheres só somos capacitadas de exercer trabalhos domésticos como: lavar e passar roupas, cozinhar, arrumar casar, cuidar dos filhos, dentre outras coisas, enquanto isso não é verdade, pois nos somos capacitadas para exercer as duas tarefas, trabalhar e fazer os serviços domésticos sabendo dividir o tempo.
Concluindo, acho que essa forma de preconceito marxista devia acabar, pois nos mulheres devemos possuir os mesmos direitos salariais dos homens, já que possuímos o mesmo grau de escolaridade não vejo motivo ao qual levam-nos a ser menos remuneradas do que os homens.

Unknown disse...

O artigo apresentado relata uma situação vivida por cada uma das mulheres em nosso país, pois não é de hoje, que no mercado de trabalho independente do setor econômico promove essa desigualdade de salários e de condições de trabalho entre homens e mulheres.
E essa situação desfavorável para as mulheres, não é um problema que surgiu atualmente, há muito tempo atrás as mulheres eram submetidas a trabalhar de 12 a 18 horas por dia em condições precarias.
O problema vivido pelas mulheres e uma vergonha para nossa sociedade que muitas das vezes promove campanhas se tratando de direitos iguais entre as pessoas, mas mesmo com tantos manifestos pregando a igualdade, ainda e muito grande o numero de mulheres que é prejudicada devido ao seu sexo.
Na minha opinião as mulheres não deveriam ser julgadas como melhores ou piores profissionais se comparado aos homens, pois muitas delas são capazes de desempenhar uma determinada função bem melhor do que muitos deles tendo assim que ter o seu devido respeito no mercado de trabalho.

Ricardo R. de Araújo N° 36 3°D

Rogério disse...

Rogério Fernandes /nº38/3ºF
Escola Estadual Messias Pedreiro

A pesquisa relata as diferentes situaçoes vivida entre homens e mulheres no mercado de trabalho,sendo a mulher a mais prejudicada pois pesquisas comprovaram mesmo as mulheres tendo o mesmo grau de escolaridade dos homens elas ganham menos.
Essa situaçao é muito constrangedora para mulheres pois elas na maioria das vezes recebem menos prestigios que os homens,ficando difícil atingir seu sucesso em sua profissao.
As mulheres devem ser vista de igual para igual com os homens e nao ficar sendo comparada e sofrendo essa desigualdade.
Apesar de tudo, há importantes avanços no papel das mulheres no mercado de trabalho. Mas ainda há muito o que fazer para conseguir essa igualdade.

Anônimo disse...

Fiamma do Amaral Diaz/ nº 16/ 3º C
Messias Pedreiro.


A notícia descreve o modo como a desigualdade social com a mulher é claramente possível de ser observada na área de trabalho, no convívio social, familiar , afirmando o fato de vivermos em uma sociedade na qual o machismo ainda tem forte presença. Segundo estudos realizados, no geral, homens ganham salários maiores do que as mulheres, o fato de ambos terem o mesmo grau de escolaridade não muda de forma significativa essa realidade. A diferença salarial persiste mesmo nos casos em que a mulher está mais qualificada do que seu concorrente de sexo oposto.
A questão abordada não relaciona apenas um motivo específico que resulta nessa desigualdade que a mulher enfrenta na sociedade brasileira, são um conjunto de fatores que contribuem para tal. Desde a antiguidade a mulher era vista como o ser mais frágil da relação, tida como a parte mais vulnerável, dotada de menos capacidade racional, sempre inferior ao homem. Ao longo da história a situação não foi mais ''favorável'' para o sexo feminino: criadas de forma diferencial aos meninos à partir da educação familiar, a menina aprendia que deveria cuidar da casa,ter preocupações em arrumar um bom marido e cuidar dos filhos posteriormente. O direito ao voto, à uma educação, não eram concedidos à elas - que o conseguiram somente após sofrerem anos de muita discriminação e decidirem se organizar para juntas lutarem pelos seus direitos de cidadãs. Mas as mudanças não ocorrem da noite para o dia, não é mesmo?
Para a socióloga Marlise Matos, chefe do departamento de Sociologia da UFMG, homens e mulheres vivem com base em uma cultura tradicionalista. Deveras concordo com isso, sendo que, cultura é o conjunto de costumes e valores passados de geração em geração - a discriminação sofrida pela mulher é um fato social que envolve aspectos de caráter sexual, étnico, racial, religioso e de modo mais amplo - cultural - por ter um perfil histórico com uma visão predominantemente machista, consolidada ao longo dos anos.
Conclui-se que o tema denuncia um problema social que tem suas origens nos costumes e valores passados de pai para filho - de mãe para filha. As mulheres estam à cada dia que passa, tentando recuperar todo esse tempo perdido - educando-se mais, entrando no mercado de trabalho com competência e por méritos próprios, tentando combater o desrespeito no geral, mostrando que são capazes tanto quanto os homens e que merecem ter ''força de palavra'' na sociedade em que vivem. De forma gradativa, elas vêm mudando os comportamentos de uma sociedade conservadora e machista, para uma que tenha perfil igualitário, que respeite a liberdade do indivíduo e conceda os mesmos direitos civis - independente do sexo.

Jéssica Cristina disse...

Esse artigo,mostra uma situação que as mulheres brasileiras vivem em pleno século XXI.Onde ainda se encontra a discriminação e a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho,onde as mulheres ainda sofrem,com uma tripla carga horaria,pois tem os seus afazeres domésticos,cuidar dos filhos e trabalhar, com uma remuneração mais baixa e ainda receber discriminação dos homens que, por serem mais bem vistos pelas empresas e receberem um melhor salário, se sentem superiores em relação as mulheres que por sua vez recebem salários inferiores e não são tão bem vistas como os homens no mercado de trabalho sendo assim mais dificil arrumar emprego.
Na minha opinião as empresas tinham que olhar com outros olhos as mulheres,pois elas são tão capazes quanto os homens de exercer funções que impõe respeito.

Nathyelle Borges disse...

O texto “Mercado de trabalho ainda é desfavorável para as mulheres”, trata-se de uma notícia publicada no site “Abril.com” em 08 de março de 2008, publicado pela Agência Brasil.
Na sociedade moderna as mulheres estão cada vez mais se tornando independentes e auto-suficientes, tem conquistado seu espaço no âmbito profissional, familiar e tem participado de diversas transformações ocorridas ao longo da história e que tem repercutido no mundo contemporâneo. Aos poucos a mulher tem começado a mostrar suas habilidades, suas características femininas quebrando a imagem de frágil, dona do lar e submissa. Ao longo das últimas décadas do século XX as conquistas sociais femininas e no mercado de trabalho aumentaram consideravelmente quando comparado aos séculos anteriores.
Um grande número de mulheres tem aderido ao mercado de trabalho e a mão de obra feminina tem sido aceita e solicitada cada vez mais. Mas, entretanto, as mulheres ainda estão sujeitas a certas limitações, e ou tem sofrido muitas dificuldades ou até mesmo tem sido vítimas de preconceito, quando se trata, por exemplo, do acesso a cargos que exigem uma maior qualificação, que ofereçam maiores possibilidades de ascensão na carreira, e principalmente no quando se refere à conciliação das demandas familiar e profissional.
As mulheres ocupam menos cargos de poder e prestígio e continuam a ser vistas como responsáveis pela casa e pela família. As conquistas femininas não foram somente no mercado de trabalho, nas esferas políticas ou econômicas, hoje elas também possuem mais liberdade para escolherem seus parceiros e estabelecerem suas relações conjugais, mas percebe-se, uma profunda mudança sobre “visão de mulher”, quando comparadas a tempos passados as mulheres são vistas muitas vezes como meros símbolos sexuais e estão sendo cada vez mais vulgarizadas.
A desigualdade concerteza ainda pesa contra a mulher, um exemplo pode ser claramente percebido ao analisar a história da mulher no contexto da modernidade na Amazônia, evidenciam-se traços de exploração de violência e espoliação, de conquistas e de dominação sócio-político econômico e cultural. Como relata o texto, segundo os dados do IBGE referentes a 2007 as mulheres de 10 anos de idade ou mais se dedicam 22,3 horas semanais aos afazeres domésticos contra 5,2 horas dos homens, percebe um grande abismo de desigualdade entre homens e mulheres.
Observa no texto uma tentativa da autora de quebrar com esses paradigmas que só tem tornado a mulher escrava de sua própria liberdade e acabar com essa visão machista sobre a mulher.
Em suma, a mulher moderna não tem que continuar se submetendo a padrões impostos pela sociedade, a se submeter a regras tradicionais, mas deve lutar pelos seus direitos e fazer estes valerem.

Nathyelle Borges .>3º E

Anônimo disse...

O texto retrata a diferença saláral entre homem e mulheres.Pesquisas feitas mostram que mulheres com mesmas formações academicas que os homems e mesmos empregos recebem menos.
Tentando explicar o fato varios pesquisadores(a) e professores(a) dão sua opnião a respeito do machismo imposto pela sociedade , um deles é José Eustáquio Diniz Alves, professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas que diz que "existe no mercado de trabalho uma espécie de “segregação ocupacional” na qual as mulheres estão em posições de menor prestígio, formalização e proteção social".
Outro fato citado no texo é que as mulheres além da carga horária do serviço tem seus afazeres domésticos que a maioria dos homens não o faz pois tem consigo uma idéia antiga que diz "isso é coisa de mulher" e muitos não dão importancia para tais afazeres , ou seja , além de cuidar do trabalho tem que manter uma casa , uma família , mas mesmo com essa rotina existe homens que as subestimam e se acham superiores.
Contudo vivemos numa sociedade machista , conservadora e desigual que tratam as mulheres com diferenças sociais no mercado de trabalho .

Alexandre Naves 3B nº47
Escola Estadual Messias Pedreiro.