terça-feira, 3 de agosto de 2010

A obra de Max Weber

Otto Maria Carpeaux - O Estado de S.Paulo

No Instituto de Sociologia da Universidade de Munique acaba de ser inaugurado o Arquivo Max Weber, em que, além de documentos e manuscritos, serão conservados os livros e estudos que se escreveram sobre o grande erudito: até agora, aproximadamente, 3.500.

Um orgão tão responsavel e tão insular como o "Times Literary Supplement" chamou-o (...) de "a maior figura da sociologia do seculo XX". (...) O Fundo de Cultura Economica divulgou-lhe as obras no mundo de linguas ibericas. No Brasil, toda pessoa medianamente culta conhece o nome de Max Weber, pelo menos aqueles estudos que fundaram uma nova disciplina cientifica: estudando a influencia da ética protestante ou, mais exatamente, da ética calvinista sobre a formação da mentalidade capitalista, essa tese, embora muito discutida, é sua maior gloria e é o grande desmentido contra a idolatria da especialização. (...)

Mas tudo que Weber escreveu, continha germes e sugestões para outros estudos, de importancia muito grande (...). Seu primeiro trabalho, de 1891, sobre a historia da estrutura agraria do antigo Imperio Romano, esclareceu o papel historico do latifundio. Conquistou a catedra em Friburg com um estudo sobre a situação dos trabalhadores rurais na Alemanha oriental, então dominada pelos "junkers" prussianos. Combinou, em 1903, os dois assuntos, escrevendo um famoso verbete de enciclopedia sobre "Estrutura agraria na Antiguidade", responsabilizando o latifundio pelo declinio e pela catastrofe da civilização antiga, terminando com uma sombria perspectiva para o futuro da Prussia latifundiaria de 1908. Também foi Weber o unico sociologo ocidental que se dignou de estudar a revolução russa de 1905: todo o mundo considerava-a então como a derrota de uma revolução socialista; mas o professor de Freiburg explicou-a como o fracasso de uma revolução burguesa, acreditando que esse fracasso causaria a transição direta da Russia, do feudalismo ao socialismo, sem fase burguesa.

Durante a primeira guerra mundial, entre 1914 e 1918, estendeu Weber seus estudos sobre sociologia da religião ao mundo não-cristão. Escreveu sobre religião e sociologia do Islão, da China e do judaismo; mas, sobretudo, os famosos artigos sobre Amos, Hosea, Isaías, Jeremias, os profetas do judaismo antigo. Até então, esses profetas eram considerados como individualistas religiosos, que libertaram o judaismo do monopolio dos sacerdotes do Templo, preparando a transformação da religião nacional dos hebreus em religião universal. Mas Weber demonstrou que os profetas não pensavam na salvação individual das almas, e, sim, na salvação da nação ameaçada.

4 comentários:

Meiriellen Vaz disse...

"A obra de Max Weber" apresentado por Otto Maria Carpeaux - O Estado de S.Paulo, o texto respectivamente trata de explor algumas informações sobre as obras " da maior figura do século XX", Max Weber.
No meu ponto de vista, Weber realmente foi o maior sociologo dos tempos, porém muito complicado em suas analises.
Max Weber tentava compreender o motivo que levava o índividuo agir, ou seja, qual era o verdadeiro motivo das ações realizadas , pois cada pessoa possui uma explicação diferente sobre sua ação.
O texto exemplica alguns de seus estudos, no qual temas bastante complicados, isto mostra como Weber tentava compreender a conduta humana.
Como admiro os pensamentos de Weber, adorei ler essa postagem pois fikei sabendo que foi inaugurado o "Arquivo de Max Weber" no Instituto de Sociologia da Universidade de Monique, quero muito ter uma oportunidade de conhecer o estabelecimento.

Matheus I. Souza 3ºE disse...

Trecho de uma obra, "A obra de Max Weber" apresentado por Otto Maria Carpeaux - O Estado de S.Paulo, redigido em uma terça-ferira, 3 de agosto de 2010.
O Texto Trata da inauguração de uma arquivo de Max Weber pelo Instituto de Sociologia da Universidade de Munique.
Max Weber estuda algumas coisas como a da ética calvinista sobre a formação da mentalidade capitalista, que um estudo fabuloso para os Sociólogos.
Max Weber recebe influencias de alguns sociólogos e filósofos onde fala sobre ação social, relação social, religião ao mundo não-cristão.

Matheus I. Souza 3ºE

Thinara disse...

A obra de Weber, complexa e profunda, constitui um momento da compreensão dos fenômenos históricos e sociais e, ao mesmo tempo, da reflexão sobre o método das ciências histórico-sociais. Historiador, sociólogo, economista e político, Weber trata dos problemas metodológicos com a consciência das dificuldades que emergem do trabalho efetivo do historiador e do sociólogo, sobretudo com a competência do historiador, do sociólogo, e do economista. Crítico da "escola historicista" da economia, Weber reivindica contra ela, a autonomia lógica e teórica da ciência, que não pode se submeter a entidades metafísicas como o "espírito do povo" que Savigny, nas pegadas de Hegel, concebia como criador do direito, dos sistemas econômicos, da linguagem e assim por diante. Para Weber, o "espírito do povo" é produto de inumeráveis variáveis culturais e não o fundamento real de todos os fenômenos culturais de um povo.
Thinara Rayane Belchior da Costa 3°I

Anônimo disse...

A ética protestante e o espírito do capitalismo é um livro de Max Weber, um economista e sociólogo alemão. Escrito entre 1904 e 1905 como uma série de ensaios foram, mais tarde em 1920 ano de sua morte, complementados pelo autor e publicados em um livro, no qual ele investiga as razões do capitalismo se haver desenvolvido inicialmente em países como a Inglaterra ou a Alemanha, concluindo que isso se deve à mundividência e hábitos de vida instigados ali pelo protestantismo.

Samuel Davi 3º E