sábado, 31 de julho de 2010

A música de volta à escola

Depois de quase quatro décadas em extinção no currículo escolar, disciplina de musicalização volta ao ensino a partir do ano que vem
aria Gizele da Silva, da sucursal Ponta Grossa - Colaborou Pollianna Milan

A música não faz bem apenas para os ouvidos. Ajuda também a criança a desenvolver a coordenação motora, a expressão corporal, o raciocínio e a matemática. Esta nova visão sobre os benefícios da musicalização ajudou na aprovação de uma nova lei que vai entrar em vigor no ano que vem: todas as escolas terão de incluir a disciplina de Música no currículo escolar.

Quem já teve contato com a disciplina, como a estudante Nicolle Heep, 13 anos, percebe os benefícios. “Comecei tocando violino, passei para a flauta e o piano. Hoje consigo ter mais concentração e muita facilidade para aprender os conteúdos”, diz Nicolle. A mãe de Nicolle, Lirian Hepp, sempre incentivou os três filhos a tocar instrumentos. “Eles nunca precisaram de reforço escolar. Não sei se podemos dar o mérito apenas à música, mas acho que contribui bastante”, diz Lirian.
A Música existiu nas escolas até 1972. Depois disso, foi incluída timidamente nas disciplinas de Educação Artística e Arte. A velha visão polivalente da matéria agora será substituída pela lei 11.769, de 2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases e incluiu a música como ensino obrigatório em 2011.

A lei é sucinta. Não cita para quais séries é destinada nem o formato e o conteúdo das aulas. O Ministério da Educação (MEC) recomenda apenas que os alunos recebam noções básicas de música, dos hinos cívicos, dos sons de instrumentos de orquestras e os sons folclóricos e regionais. As diretrizes mais específicas serão traçadas pelos conselhos municipais e estaduais de Educação.

Para o professor, músico e escritor Guilherme Campos, do Colégio Dom Bosco, o ideal seria que a música fosse ensinada do primeiro ao nono ano do ensino fundamental. No ensino médio deveria ser uma disciplina optativa.

Como a disciplina de Musi­calização existe há 20 anos no Dom Bosco, definiu-se um currículo em três etapas. Crianças até a 2.ª série trabalham com a sensibilização para os ritmos, instrumentos, melodias e sons mais intensos e outros mais fracos. A partir da 3.ª série tem contato com a flauta como instrumento e na 8.ª e 9.ª série trabalham o canto. “A flauta é ideal como instrumento musicalizador porque é fácil de tocar e de ser adquirida. Temos ainda uma sala com piano e os alunos podem trazer os instrumentos que quiserem”, explica Campos.

A presidente da Associação Brasileira de Educação Musical, Magali Oliveira Kleber, diz que é importante que a música seja tratada pela escola como produção de conhecimento e que as propostas pedagógicas levem em conta as raízes culturais regionais. Para Magali, a retomada da educação musical é fruto do trabalho de gerações de educadores e deve ser aproveitada ao máximo.
Trabalhar a música como meio de integração de grupo, respeitando as limitações de cada um, é outro aspecto que Campos defende. “É como no esporte, alguns alunos têm mais aptidão. Contudo, dá para trabalhar com todos.”
Com o retorno do ensino de música, os professores acreditam que a escola vai cumprir o objetivo da formação integral. O vice-coordenador do curso de Música da Universidade Federal de Ponta Grossa (UEPG), Rogério de Brito Pergolb, afirma que sem o ensino formal da música o aluno acaba aceitando pacificamente tudo o que a mídia lhe oferece.

O diretor do conservatório municipal de música de Ponta Grossa, Jairo Ferreira, acrescenta que o aprendizado da música oferece disciplina e concentração. “A música faz parte da formação do ser humano. Hoje o Brasil é carente de ética e disciplina e eu acho que o ensino da música tem muito a contribuir”, opina.

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com o contexto, que nas escolas precisa ser adotada a disciplina musicalização.
Não vejo a hora de essa lei entrar em vigor, porque é realmente como é citado no texto, que: "A música não faz bem apenas para os ouvidos. Ajuda também a criança a desenvolver a coordenação motora, a expressão corporal, o raciocínio e a matemática."
A música não é algo que tem um fim bem definido, pois pode ajudar em várias matérias e/ou áereas de qualquer escola e/ou trabalho.
E também poderá ajudar como um bem a mais aos currículos dos alunos, que serão futuros trabalhadores.
A música introduzida nas escolas - como já foi comprovado - só ajudará então se é algo bom que nunca atrapalhará, porque não acrescenta - lá a nossa vida escolar?

Ass.: Patrick Rael /3ºH / Nº29.

Anônimo disse...

Concordo com o contexto, que nas escolas precisa ser adotada a disciplina musicalização.
Não vejo a hora de essa lei entrar em vigor, porque é realmente como é citado no texto, que: "A música não faz bem apenas para os ouvidos. Ajuda também a criança a desenvolver a coordenação motora, a expressão corporal, o raciocínio e a matemática."
A música não é algo que tem um fim bem definido, pois pode ajudar em várias matérias e/ou áereas de qualquer escola e/ou trabalho.
E também poderá ajudar como um bem a mais aos currículos dos alunos, que serão futuros trabalhadores.
A música introduzida nas escolas - como já foi comprovado - só ajudará então se é algo bom que nunca atrapalhará, porque não acrescenta - lá a nossa vida escolar?

Ass.: Patrick Rael /3ºH / Nº29.

Karyne de Oliveira disse...

A inserção da disciplina de musicalização nas escolas,principalmente em redes de ensino público,terá grande impacto no desenvolvimento mental e físico infantil.Primeiro,porque a música é uma espécie de "relaxante",independente de seu gênero,pois para cada pessoa a música causa um efeito diferente em seu psicológico.Segundo,porque a música promove uma interação social entre as pessoas,o que seria benéfico para a capacidade de socialização das crianças entre si.
São vários os benefícios que a música pode trazer para o aprendizado infantil.Para a saúde,ela já é bastante beneficente:ajuda no tratamento de vítimas de derrame cerebral,alivia dores crônicas e é até usada como analgésico na recuperação pós-cirúrgica.
A introdução da Educação Musical nas escolas seria como a Educação Física:uma atividade de lazer.
Não só um momento para de divertir e socializar,mas também um alívio.Muitas das crianças ficam sobrecarregadas devido às outras matérias de maior dificuldade dos estudantes,como a matemática,considerada bastante "estressante" pela maioria dos alunos.Por isso,a musicalização seria um benefício extra ao aprendizado das crianças pois,além de praticarem esportes na aula de educação física,ainda teriam aulas de música,promovendo bem-estar físico-mental e também um "despertar" de interesse pela cultura musical,o que pode muitas vezes fazer com que as crianças manifestem um dom e também suas expressões.


Karyne de Oliveira/3° F/n° 20