domingo, 19 de setembro de 2010

Pesquisador defende ações com empresas por biodiversidade

Amália Safatle
De São Paulo

Imagine um agricultor que, para sobreviver, precisa comer as sementes que tem para plantar. Imagine um banco que não vive mais dos juros que cobra, mas sim consome o capital que teria para emprestar. Ambos estão com os dias contados, pois nesses casos a busca de sobrevivência no curto prazo compromete de modo irreversível o dia amanhã.

Esta é a figura de linguagem que Jason Clay, PhD em Antropologia e Agricultura pela Universidade de Cornell, nos EUA, e vice-presidente sênior da ONG WWF usa para ilustrar o fato de que nós - humanidade - estamos na mesma situação em relação à Terra. Desde 1990, estamos no vermelho, consumindo hoje 1,3 planeta. Onde mais queimamos a linha foi na questão da perda de biodiversidade, protagonizando a única espécie capaz de provocar a extinção em massa e acelerada de todas que existem. E extinção, vale lembrar, é para sempre.

Diante de um quadro de aumento populacional e de consumo, com países emergentes almejando o nível de afluência das nações ricas, as pressões sobre a biodiversidade só tendem a crescer. Ao mesmo tempo, as decisões no âmbito das Nações Unidas para conservar a biodiversidade são lentas, pois exigem consenso de todos países participantes, que possuem interesses divergentes e se estendem em longuíssimas negociações.

Com pouco tempo para revertermos o ritmo de perda da biodiversidade, Jason Clay, defende uma iniciativa de ordem bem prática, específica, quase cirúrgica: atuar junto a algumas empresas escolhidas a dedo, que sejam capazes de mover uma extensa cadeia de valor, trabalhem com produtos de consumo prioritários e atuem em regiões estratégicas em termos de biodiversidade.

Ele mapeou 35 regiões ricas em diversidade biológica e literalmente vitais para o equilíbrio ecológico. E também identificou 15 commodities que, produzidas de maneira insustentável, representam as maiores ameaças a esses lugares devido ao desmatamento, à perda de solo fértil, à exploração da água, ao uso de pesticidas, à sobrepesca, entre outros fatores.

Dados 35 lugares e 15 commodities, Clay perguntou-se como podem ser modificados os modos de produção, de modo a conservar a biodiversidade. Certamente será complicado trabalhar com 6,9 bilhões de consumidores (a população mundial) que falam 7 mil línguas diferentes e conscientizar todos a ponto de mudarem instantaneamente seus modos de consumo. E mesmo que queiram mudar, haveria oferta de produtos mais sustentáveis para todos ao mesmo tempo?

Também será difícil lidar com 1,5 bilhão de produtores. Mas com 300 a 500 empresas, que controlam no mínimo 70% do comércio de cada uma das 15 commodities, a ideia começa a se tornar mais factível. "Se mudarmos essas companhias e a maneira como fazem negócios, o restante acontecerá automaticamente", defende Clay, em palestra que pode ser acessada em www.ted.com/talks/jason_clay_how_big_brands_can_save_biodiversity.html.

Em uma visão mais detalhada, Clay descobriu que 100 dessas 300 empresas estão ligadas de alguma a 25% do comércio das 15 commodities. "E com 100 companhias, nós podemos trabalhar". Ainda que 25% não seja um percentual tão alto, o pesquisador explica que essas grandes marcas têm o poder de influenciar a rede de fornecedores com a qual trabalham, e criar um efeito em cadeia. "Companhias podem 'empurrar' produtores mais rapidamente do que os consumidores seriam capazes."

E por que as empresas seriam convencidas a transformar seu modo de operar e fazer negócios levando em conta a conservação da biodiversidade e processos mais sustentáveis. Mais que o risco reputacional, está em jogo a própria existência das commodities, que dependem de um ambiente em equilíbrio.

Clay conta que 100 empresas já foram identificadas nos últimos dois anos. Nos últimos 18 meses, foram assinados acordos com 40 delas. Nos próximos 18 meses, ele acredita que serão firmados acordos com mais 40. Uma das empresas que cita é a Cargill que embora ainda esteja engatinhando nesse processo, ao menos aderiu a ele. É uma empresa chave, responsável por 20% a 25% da produção global de óleo de palma. "Se ela toma essa decisão, pelo menos metade da indústria mundial de palma se mexe", aposta. Outros exemplos que menciona são a Mars e a Coca-Cola.

"Essas companhias começaram a pensar diferente. Tudo o que possa ter sido sustentável em um mundo com 6 bilhões de habitantes não será em um mundo com nove", afirma.

6 comentários:

Ewerton Silva disse...

Ewerton Silva nº 11 3ºH


Neste texto Jason Clay, PhD em antropologia e Agricultura pela Universidade de Cornell, nos EUA, e vice-presidente sênior da ONG WWF, comenta sobre o fato de que a humanidade está consumindo mais do que deve, onde desde 1990 estamos no vermelho consumindo hoje 1,3 planeta, a que mais queimamos é a biodiversidade sendo que somos a única espécie capaz de provocar a extinção em massa e acelerada de
*todas que existem, sendo que ela não é reversível.
*Essa extinção tende a aumentar com o tempo, pois os países emergentes querem sempre crescer para alcançar as nações ricas e também as decisões das Nações Unidas para conservar a biodiversidade são lentas por exigirem o acordo entre todos os países participantes, que possuem interesses diferentes.Jason Clay acredita em uma idéia para reverter esse ritmo de extinsão da biodiversidade, atuar junto
*com algumas empresas de conceito que sejam capazes de mover uma extensa cadeia de valor.Ele mapeou 35 regiões ricas em biodiversidade que sejam importantes para o equilíbrio ecológico, e também identificou 15 commodities, mercadorias, que produzidas de maneira insustentavel apreentam as maiores ameaças a esses lugares devido ao métodos de exploração.
*Tendo esses 35 lugares e 15 commodities Clay tentou encontrar uma forma de modificar os modos de produção para conservar a biodiversidade.Em uma visão mais detalhada, Clay descobriu que 100 de 300 empresas que controlam no mínimo 70% do comércio de cada commodities são ligadas a 25% do comércio das mesmas, ele acredita que essas grandes marcas têm o poder de influenciar a rede de fornecedores com
*a qual trabalham, e criar um efeito em cadeia.E essas empresas transformariam seu modo de operar e fazer negõcios não só pelo risco reputacional mas também porque está em jogo a própria existência das commodities, que dependem de um ambiente em equilíbrio.
*Dessas 100 empresa 40 já assinaram o acordo, nos últimos 18 meses, nos próximos 18 meses ele acredita que serão firmados mais 40 acordos.Uma das empresas que cita é a Cargill que embora ainda esteja começando nesse processo, sua participação é muito importante por ser responsável por 20% a 25% da produção global de óleo de palma, assim pelo menos metade da indústria mundial de palma também se mexe

Ewerton Silva disse...

Ewerton Silva nº 11 3ºH


Neste texto Jason Clay, PhD em antropologia e Agricultura pela Universidade de Cornell, nos EUA, e vice-presidente sênior da ONG WWF, comenta sobre o fato de que a humanidade está consumindo mais do que deve, onde desde 1990 estamos no vermelho consumindo hoje 1,3 planeta, a que mais queimamos é a biodiversidade sendo que somos a única espécie capaz de provocar a extinção em massa e acelerada de
*todas que existem, sendo que ela não é reversível.
*Essa extinção tende a aumentar com o tempo, pois os países emergentes querem sempre crescer para alcançar as nações ricas e também as decisões das Nações Unidas para conservar a biodiversidade são lentas por exigirem o acordo entre todos os países participantes, que possuem interesses diferentes.Jason Clay acredita em uma idéia para reverter esse ritmo de extinsão da biodiversidade, atuar junto
*com algumas empresas de conceito que sejam capazes de mover uma extensa cadeia de valor.Ele mapeou 35 regiões ricas em biodiversidade que sejam importantes para o equilíbrio ecológico, e também identificou 15 commodities, mercadorias, que produzidas de maneira insustentavel apreentam as maiores ameaças a esses lugares devido ao métodos de exploração.
*Tendo esses 35 lugares e 15 commodities Clay tentou encontrar uma forma de modificar os modos de produção para conservar a biodiversidade.Em uma visão mais detalhada, Clay descobriu que 100 de 300 empresas que controlam no mínimo 70% do comércio de cada commodities são ligadas a 25% do comércio das mesmas, ele acredita que essas grandes marcas têm o poder de influenciar a rede de fornecedores com
*a qual trabalham, e criar um efeito em cadeia.E essas empresas transformariam seu modo de operar e fazer negõcios não só pelo risco reputacional mas também porque está em jogo a própria existência das commodities, que dependem de um ambiente em equilíbrio.
*Dessas 100 empresa 40 já assinaram o acordo, nos últimos 18 meses, nos próximos 18 meses ele acredita que serão firmados mais 40 acordos.Uma das empresas que cita é a Cargill que embora ainda esteja começando nesse processo, sua participação é muito importante por ser responsável por 20% a 25% da produção global de óleo de palma, assim pelo menos metade da indústria mundial de palma também se mexe

Rodrigo disse...

Neste texto a base em que ele gira é justamente a tendência que a população tem de consumir oque nós precisamos entre ele claro matéria prima, alimentos e etc mas o mais importante sobre isso é encima da biodiversidade onde o ser humano é a única espécie capaz de provocar a extinção de todas as espécies e até dele mesmo, e claro isso se torna uma preocupação nos tempos atuais onde cada vez mais as multinacionais querem crescer mais e mais não medindo esforços para isso, enquanto o processo de controlar a biodiversidade é lento o processo de consumi-la é cada vez mais rápido oque nos deixa num empace mundial, assim sendo ficamos seriamente preocupados com o futuro do mundo e oque tambem nos leva a pensar: oque é mais importante? um equilíbrio financeiro ou um equilíbrio ecológico? isso vai depender da depêndencia do homen sobre o capitalismo e sobre oque ele mais prioriza se seria a capital ou o natural.

Adriele Vieira disse...

Adriele Vieira - nº1 - 3ºG

O pesquisador Jason Clay, comenta neste texto sua preocupação com o desenvolvimento e a sustentabilidade, visando assim a conservação da biodiversidade. Segundo ele a humanidade está consumindo muito, tornando a situação propícia para a perca da biodiversidade. Ele alega também que nós (homens) somos os únicos capazes de promover a extinção de todas as espécies que existem. Além disto, há um grande aumento populacional e de consumo, muitos países buscam incessantemente seu desenvolvimento avançado visando somente seus interesses próprios, o que torna inviável a ação da ONU, que o pesquisador afirma possuir ações de caráter lento devido os países membros possuírem interesses divergentes e que se estenderiam em longas negociações. Portanto Clay apresenta uma idéia bem prática, que é atuar junto a algumas empresas específicas que trabalhem com produtos de consumo prioritário e atuem em áreas estratégicas relacionadas à biodiversidade. Ele propõe que estas empresas modifiquem o modo de produção de suas commodities, de modo a conservar a biodiversidade evitando assim o desmatamento e a perca de solos. Ainda de acordo com ele, se mudasse o modo que estas empresas fazem negócios, estas desencadeariam o processo no negócio de outras, pois ele afirma que grandes marcas tem o poder de influenciar a rede de fornecedores com o qual trabalham. Já foram assinados acordos com algumas destas empresas, segundo o pesquisador, elas concordam com isto devido o risco reputacional que correm, além do risco de perca de suas commodities, que dependem de um ambiente em equilíbrio. Empresas citadas por ele são Cargill, Mars e Coca-cola, além de outras que ele afirma já terem começado a pensar diferente.

Anônimo disse...

O consumo predatório e o crecimento desenfrado são fatores que estão cada vez mais comprometendo o nosso futuro.No texto de base, o quemais me chamou a atenção ,foi a seguinte denominação do ser humano:´´... protagonizando a única espécie capaz de provocar a extinção em massa e acelerada de todas que existem.
No entanto existe também ações que nós já cansamos de ouvir falar,que é o consumo sustentável.Será possível consiliar cosumo com sustentabilidade?Particularmente,acho que é totalmente impossível consiliar ambas ideologias.Como já estudado,é fácil entender que o instinto do ser humano é indiscutivelmente nômade;basicamente vive para
explorar e consumir.
Segundo Lavoisier:Na natureza,nada se perde,nada se cria;tudo se transforma.Então podemos facilmente assimilar que se houver um equilíbrio entre a produção e o reaproveitamento de materiais;nos permitirá maoir tempo de sobrevivência.Você leitor deve estar pensando que estou prevendo um mal desfecho para os nossos destinos;mas não penso assim.O meu ponto de vista é breve e sucinto;penso que a cada pequena agressão que fazemos contra a naturaza,ela guarda esse golpe e esperará o momento certo para devolve-lô mais entensamente.E nesse rítmo,fica mais próximo o recomeço!!.


Aluno:Ghutyer Telles Menezes Arantes Sala:3ºA Nº:13

Lorena Cunha disse...

Lorena Cunha Terceiro:A Número:26

O texto"Pesquisador defende acões com empresas e biodiversidade" de Amalia Saflate de São Paulo,discute um caso preoculpante,o da biodiversidade,onde ela descreve o que está acontecendo com os recursos naturais,e com o nosso planeta.
A biodiversidade está em toda parte,e todos nós somos responsáveis por ela.Ela vai além do uso racional da natureza e dos recursos naturais.É através da biodiversidade que o homem consegue se alimentar,consegue produzir tudo o que hoje é consumido,é através dela que nós ganhamos nossos lucros.Mas o homem se esqueceu de que os recursos naturais tambem podem acabar,e que com a extincão de certa coisa ela deixará de existir para sempre.É preciso que todos nós tenhamos consciência de que o planeta realmente precisa de nossa compreensão e de nossa ajuda.
Algumas pessoas ou órgaos estão lutando para salvar o que ainda nos resta na natureza,um exemplo disto é a Earthwatch Europe que aderiu a parceria entre o IUCN e WBSD para promover a interacão entre biodiversidade e as comunidades empresariais.Deveria existir leis para as empresas,visando um melhor regulamento no consumo de recursos naturais.Mas nÃo basta apenas haver leis,o governo de cada país deveria realmente punir de forma correta quem ás desobedecessem.